sábado, 1 de janeiro de 2011

15ª SURATA - AL HIJR.

15ª SURATA - AL HIJR.
1. Alef, Lam, Ra.                                                                        Estes são os versículos do Livro da revelação do Alcorão esclarecedor.
2. Talvez os incrédulos desejassem ter sido muçulmanos.
3. Deixa-os comerem e regozijarem-se, e a falsa esperança os alucinar; logo saberão!
4. Jamais aniquilamos cidade alguma, sem antes lhes termos predestinado o término.
5. Nenhum povo pode antecipar nem atrasar o seu destino!
6. E disseram: Ó tu, a quem foi revelada a Mensagem, és, sem dúvida, um energúmeno!
7. Por que não te apresentas a nós com os anjos, se és um dos verazes?
8. Só enviamos os anjos com a verdade em última instância e, em tal caso, (os incrédulos) não serão tolerados.
9. Nós revelamos a Mensagem e somos o Seu Preservador.
10. Já, antes de ti, tínhamos enviado mensageiros às seitas primitivas.
11. Porém, jamais se apresentou a eles algum mensageiro, sem que o escarnecessem.
12. Mesmo assim diligenciamos, no sentido de infundi-la (a Mensagem) nos corações dos pecadores.
13. Todavia, não crerão nela, apesar de os haver precedido o exemplo dos povos primitivos.
14. E se abríssemos uma porta para o céu, pela qual eles ascendesse,
15. Diriam: Nossos olhos foram ofuscados ou fomos mistificados!
16. Colocamos constelações no firmamento e o adornamos para os contempladores.
17. E o protegemos de todo o demônio maldito.
18. E àquele que tentar espreitar persegui-lo-á um meteoro flamejante.
19. E dilatamos a terra, em que fixamos firmes montanhas, fazendo germinar tudo, comedidamente.
20. E nela vos proporcionamos meios de subsistência, tanto para vós como para aqueles por cujo sustento sois responsáveis.
21. E não existe coisa alguma cujos tesouros não estejam em Nosso poder, e não vo-la enviamos, senão proporcionalmente.
22. E enviamos os ventos fecundantes e, então, fazemos descer água do céu, da qual vos damos de beber e que não podeis armazenar (por muito tempo).
23. Somos Aquele que dá a vida e a morte, e somos o Único Herdeiro de tudo.
24. Nos conhecemos os vossos predecessores, assim como conhecemos os vossos sucessores.
25. Em verdade, teu Senhor (ó Mohammad) os congregará, porque é Prudente, Sapientíssimo.
26. Criamos o homem de argila, de barro modelável.
27. Antes dele, havíamos criado os gênios de fogo puríssimo.
28. Recorda-te de quando o teu Senhor disse aos anjos: Criarei um ser humano de argila, de barro modelável.
29. E ao tê-lo terminado e alentado com o Meu Espírito, prostrai-vos ante ele.
30. Todos os anjos se prostraram unanimemente,
31. Menos Lúcifer, que se negou a ser um dos prostrados.
32. Então, (Deus) disse: Ó Lúcifer, que foi que te impediu de seres um dos prostrados?
33. Respondeu: É inadmissível que me prostre ante um ser que criaste de argila, de barro modelável.
34. Disse-lhe Deus: Vai-te daqui (do Paraíso), porque és maldito!
35. E a maldição pesará sobre ti até o Dia do Juízo.
36. Disse: Ó Senhor meu, tolera-me até ao dia em que forem ressuscitados!
37. Disse-lhe: Serás, pois, dos tolerados,
38. Até ao dia do término prefixado.
39. Disse: Ó Senhor meu, por me teres colocado no erro, juro que os alucinarei na terra e os colocarei, a todos, no erro;
40. Salvo, dentre eles, os Teus servos sinceros.
41. Disse-lhes: Eis aqui a senda rela, que conduzirá a Mim!
42. Tu não terá autoridade alguma sobre os Meus servos, a não ser sobre aqueles que te seguirem, dentre os seduzíveis.
43. O inferno será o destino de todos eles.
44. Nele há sete portas e cada porta está destinada a uma parte deles.
45. Entretanto, os tementes estarão entre jardins e manaciais.
46. (Ser-lhes-á dito): Adentrai-os, seguros e em pas!
47. E exitinguiremos todo o rancor do seus corações; serão como irmãos, descansando sobre coxins, contemplando-se mutuamente,
48. Onde não serão acometidos de fadiga e de onde nunca serão retirados.
49. Notifica Meus servos de que sou o Indulgente, o Misericordiosíssimo.
50. E que Meu castigo será o dolorosíssimo castigo!
51. Notifica-os da história dos hóspedes de Abraão,
52. Quando se apresentaram a ele, dizendo-lhe: Pas! Respondeu-lhes: Sabei que vos tememos (eu e meu povo)!
53. Disseram-lhe: Não temas, porque viemos alvissarar-te com a vinda de um filho, que será sábio.
54. Perguntou-lhes: Alvissarar-me-eis a vinda de um filho, sendo que a velhice jah se acercou de mim? O que me alvissarais, então?
55. Responderam-lhe: O que te alvissaramos é a verdade. Não sejas, pois, um dos desesperados!
56. Disse-lhes: E quem desespera a misericórdia do seu Senhor, senão os desviados?
57. E perguntou (mais): Qual é a vossa missão, ó mensageiros?
58. Responderam-lhe: Fomos enviados a um povo de pecadores.
59. Com exceção da família de Lot, a qual salvaremos inteiramente,
60. Exceto sua mulher, que nos dispusemos a contar entre os deixados para trás.
61. E quando os mensageiros se apresentaram ante a família de Lot,
62. Este lhes disse: Pareceis estranhos a mim!
63. Disseram-lhe: Sim! Trazemos-te aquilo de que os teus concidadãos haviam duvidado.
64. Trazemos-te a verdade, porque somos verazes.
65. Sai com a tua família no fim da noite, e segue tu na sua retaguarda, e que nenhum de vós olhe para trás; ide aonda vos for ordenado!
66. E lhe revelamos a notícia de que aquela gente seria aniquilada ao amanhecer.
67. Os habitantes da cidade acudiram, regozijando-se (à casa de Lot),
68. Que lhes disse: Estes são meus hóspedes; não me desonreis,
69. Temei a Deus e não me avilteis.
70. Disseram-lhe: Não te havíamos advertido para não hospedares estranhos?
71. Disse-lhes: Aqui tendes as minhas filhas, se as quiserdes.
72. Por tua vida (ó Mohammad), eles vacilam em sua ebriedade!
73. Porém, o estrondo os fulminou, ao despontar do sol.
74. Reviramo-la (a cidade) e desencadeamos sobre os seus habitantes uma chuva de pedras de argila endurecida.
75. Nisto há sinais para os perspicazes.
76. E (as cidades) constituem um exemplo à beira da estrada (que permanece indelével até hoje na memória de todos).
77. Nisto há um exemplo para os fiéis.
78. E os habitantes da floresta eram iníquos.
79. Pelo que Nos vingamos deles. E, em verdade, ambas (as cidades) são ainda elucidativas.
80. Sem dúvida que os habitantes de Alhijr haviam desmentido os mensageiros,
81. Apesar de lhes termos apresentado os Nossos versículos; porém, eles os desdenharam,
82. E talharam as suas casas nas montanhas, crendo-se seguros!
83. Porém, o estrondo os fulminou ao amanhecer.
84. E de nada lhes valeu tudo quanto haviam elaborado.
85. E não criamos os céus e a terra e tudo quanto existe entre ambos, senão com justa finalidade, e sabei que a Hora é infalível; mas tu (ó Mensageiro) perdoa-os generosamente.
86. Atenta para o fato de que o Teu Senhor é o Criador, o Sapientíssimo.
87. Em verdade, temos-te agraciado com os sete versículos reiterativos, assim como com o magnífico Alcorão.
88. Não cobices tudo aquilo com que temos agradecido certas classes, nem te aflijas por eles, e abaixa gentilmente as asas para os fiéis.
89. E dize-lhes: Sou o elucidativo admoestador.
90. Tal como admoestamos aqueles que dividiram (as escrituras),
91. E que transformaram o Alcorão em frangalhos!
92. Por teu Senhor que pediremos contas a todos.
93. De tudo quanto tenham feito!
94. Proclama, pois, o que te tem sido ordenado e afasta-te do idólatras.
95. Porque somos-te Suficiente contra os escarnecedores,
96. Que adoram, com Deus, outra divindade. Logo saberão!
97. Bem sabemos que o teu coração se angustia pelo que dizem.
98. Porém, celebra os louvores do teu Senhor, sê um dos prostrados.
99. E adora ao teu Senhor até que te chegue a certeza.

Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

16ª SURATA - AN NÁHL - AS ABELHAS.


16ª SURATA - AN NÁHL -   
 AS ABELHAS.                                                                                                                             Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.
1. Os desígnios de Deus são inexoráveis, não trateis de apressá-los. Glorificado e exaltado seja, pelos parceiros que Lhe atribuem.
2. Envia, por Sua ordem, os anjos, com a inspiração, a quem Lhe apraz dentre os Seus servos, dizendo-lhes: Adverti que não há divindade além de Mim! Temei-me, pois!
3. Ele criou, com justa finalidade, os céus e a terra. Exaltado seja, pelos parceiros que Lhe atribuem.
4. Criou o homem de uma gota de sêmen, e o mesmo passou a ser um declarado opositor.
5. E criou o gado, do qual obtendes vestimentas, alimento e outros benefícios.
6. E tendes nele encanto, quer quando o conduzis ao apriscos, quer quando, pela manhã, os levais para o pasto.
7. Ainda leva as vossas cargas até as cidades, às quais jamais chegaríeis, senão à custa de grande esforço. Sabei que o vosso Senhor é Compassivo, Misericordiosíssimo.
8. E (criou) o cavalo, o mulo e o asno para serem cavalgados e para o vosso deleite, e cria coisas mais, que ignorais.
9. A Deus incumbe indicar a verdadeira senda, da qual tantos se desviam. Porém, se Ele quisesse, iluminar-vos-ia a todos.
10. Ele é Quem envia a água do céu, da qual bebeis, e mediante a qual brotam arbustos com que alimentais o gado.
11. E com ela faz germinar a plantação, a oliveira, a tamareira, a videira, bem como toda a sorte de frutos. Nisto há um sinal para os que refletem.
12. E submeteu, para vós, a noite e o dia; o sol, a lua e as estrelas estão submetidos às Suas ordens. Nisto há sinais para os sensatos.
13. Bem como em tudo quanto vos multiplicou na terra, de variegadas cores. Certamente nisto há sinal para os que meditam.
14. E foi Ele Quem submeteu, para vós, o mar para que dele comêsseis carne fresca e retirásseis certos ornamentos com que vos enfeitais. Vedes nele os navios sulcando as águas, à procura de algo de Sua graça; quiçá sejais agradecidos.
15. E fixou na terra sólidas montanhas, para que ela não estremeça convosco, bem como rios, e caminhos pelos quais vos guiais.
16. Assim como os marcos, constituindo-se das estrelas, pelas quais (os homens) se guiam.
17. Poder-se-á comparar o Criador com quem nada pode criar? Não meditais?
18. Porém, se pretenderdes contar as mercês de Deus, jamais podereis enumerá-las. Sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.
19. Deus conhece tanto o que ocultais, como o que manifestais.
20. E os que eles invocam, em vez de Deus, nada podem criar, posto que eles mesmos são criados.
21. São mortos, sem vida, e ignoram quando serão ressuscitados.
22. Vosso Deus é um Deus Único! Porém, quanto àqueles que não crêem na outra vida, os seus corações se negam (a entendê-lo) e estão ensoberbecidos.
23. Indubitavelmente Deus conhece tanto o que ocultam, como o que manifestam. Ele não aprecia os ensoberbecidos.
24. E quando lhes é dito: Que é que o vosso Senhor tem revelado? Dizem: As fábulas dos primitivos.
25. Carregarão com todos os seus pecados no Dia da Ressurreição, e com parte dos pecados daqueles que, nesciamente, eles desviaram. Que péssimo é o que carregarão!
26. Seus antepassados haviam conspirado; porém, Deus fez desmoronar as suas construções até ao alicerce; o teto ruiu sobre eles e o castigo os açoitou quando menos esperavam.
27. Então, no Dia da Ressurreição, Ele os aviltará, dizendo-lhes: Onde estão os parceiros pelos quais disputáveis? Os sábios dirão: O aviltamento e o castigo recairão hoje sobre os incrédulos,
28. De cujas almas os anjos se apossam, em estado de iniqüidade. Naquela hora submeter-se-ão e dirão: Nunca fizemos mal! Qual! Deus é Sabedor de tudo quanto fizestes.
29. Adentrai as portas do inferno, onde permanecereis eternamente. Que péssima é a morada dos arrogantes!
30. Será dito aos tementes: Que revelou o vosso Senhor? Dirão: O melhor! Para os benfeitores, neste mundo, há uma recompensa; porém, a da outra vida é preferível. Que magnífica é a morada dos tementes!
31. São jardins do Éden em que entrarão, abaixo dos quais correm os rios, onde terão tudo quanto anelaram. Assim Deus recompensará os tementes,
32. De cujas almas os anjos se apossam em estado de pureza, dizendo-lhes: Que a paz esteja convosco! Entrai no Paraíso, pelo que haveis feito!
33. Esperam os incrédulos, que os anjos se apresentem a eles ou que os surpreendam os desígnios do teu Senhor? Assim fizeram os seus antepassados. Deus não os condenou, outrossim eles condenaram a si próprios.
34. Receberam o castigo pelo que cometeram e foram envolvidos por aquilo de que escarneciam.
35. Os idólatras dizem: Se Deus quisesse, a ninguém teríamos adorado em vez d’Ele, nem nós, nem nossos pais, nem teríamos prescrito proibições que não fossem as d’Ele. Assim falavam os seus antepassados. Acaso, incumbe aos mensageiros algo além da proclamação da lúcida Mensagem?
36. Em verdade, enviamos para cada povo um mensageiro (com a ordem): Adorai a Deus e afastai-vos do sedutor! Porém, houve entre eles quem Deus encaminhou e houve aqueles que mereceram ser desviados. Percorrei, pois, a terra, e observai qual foi a sorte dos desmentidores.
37. Se anseias (ó Mensageiro) por encaminhá-los, fica sabendo que Deus não ilumina aqueles que se têm extraviado, e que não terão defensores.
38. E juraram por Deus solenemente que Ele não ressuscitará os mortos. Qual! Ressuscitá-los-á, mercê de Sua infalível promessa! Porém, a maioria dos humanos o ignora.
39. Ele o fará, para elucidá-los na sua divergência, a fim de que os incrédulos reconheçam que eram mentirosos.
40. Sabei que quando desejamos algo, dizemos: Seja! e é.
41. Quanto àqueles que migraram pela causa de Deus, depois de terem sido oprimidos, apoiá-los-emos dignamente neste mundo, e, certamente, a recompensa do outro mundo será maior, se quiserem saber.
42. São aqueles que perseveram e se encomendam ao seu Senhor.
43. Antes de ti não enviamos senão homens, que inspiramos. Perguntai-o, pois, aos adeptos da Mensagem, se o ignorais!
44. (Enviamo-los) com as evidências e os Salmos. E a ti revelamos a Mensagem, para que elucides os humanos, a respeito do que foi revelado, para que meditem.
45. Aqueles que urdiram as maldades estão, acaso, seguros de que Deus não fará com que os trague a terra ou lhes surpreenda o castigo quando menos o esperam?
46. Ou que os surpreenda, em seu caminho errante, uma vez que não podem impedi-Lo de fazer isso?
47. Ou que os alcance com um processo de aniquilamento gradual? Porém, sabei que o vosso Senhor é Compassivo, Misericordiosíssimo.
48. Não reparam, acaso, em tudo quanto Deus tem criado, entre as coisas inanimadas, cujas sombras se projetam ora para a direita ora para esquerda, prostrando-se ante Ele humildemente?
49. Ante Deus se prostra tudo o que há nos céus e na terra, bem como os anjos, que não se ensoberbecem!
50. Temem ao seu Senhor, que está acima deles, e executam o que lhes é ordenado.
51. Deus disse: Não adoteis dois deuses – posto que somos um Único Deus! – Temei, pois, a Mim somente!
52. Seu é tudo quanto existe nos céus e na terra. Somente a Ele devemos obediência permanente. Temeríeis, acaso, alguém além de Deus?
53. Todas a mercês de que desfrutais emanam d’Ele; e quando vos açoita a adversidade, só a Ele rogais.
54. Logo, quando Ele vos livra da adversidade, eis que alguns de vós atribuem parceiros ao seu Senhor,
55. Para desagradecerem aquilo com que os temos agraciado. Gozai, pois logo o sabereis!
56. Atribuem a coisas que desconhecem uma parte daquilo com que os agraciamos. Por Deus que rendereis contas, a respeito de tudo quanto forjáveis.
57. E atribuem filhas a Deus! Glorificado seja! E anseiam, para si, somente o que desejam.
58. Quando a algum deles é anunciado o nascimento de uma filha, o seu semblante se entristece e fica angustiado.
59. Oculta-se do seu povo, pela má notícia que lhe foi anunciada: deixá-la-á viver, envergonhado, ou a enterrará viva? Quem péssimo é o que julgam!
60. Àqueles que não crêem na outra vida aplica-se a pior similitude. A Deus, aplica-se a mais sublime similitude, porque Ele é o Poderoso, o Prudentíssimo.
61. Se Deus castigasse os humanos, por sua iniqüidade, não deixaria criatura alguma sobre a terra; porém, tolera-os até ao término prefixado. E quando o seu prazo se cumprir, não poderão atrasá-lo nem adiantá-lo numa só hora.
62. Atribuem a Deus as vicissitudes, e as línguas mentem, ao dizerem que deles será todo o bem; sem dúvida o que lhes está reservado é o fogo infernal, e serão negligenciados.
63. Por Deus! Antes de ti enviamos mensageiros e outros povos; porém, Satanás abrilhantou as próprias obras (a esse povo) e hoje é o seu amo; mas sofrerão um doloroso castigo!
64. Só te revelamos o Livro, para que eles elucides as discórdias e para que seja orientação e misericórdia para os que crêem.
65. Deus envia a água do céus, mediante a qual faz vivificar a terra, depois de a mesma haver sido árida. Nisso há sinal para os que escutam.
66. E tendes exemplos nos animais; damos-vos para beber o que há em suas entranhas; provém da conjunção de sedimentos e sangue, leite puro e saboroso para aqueles que o bebem.
67. E os frutos das tamareiras e das videiras, extraís bebida e alimentação. Nisto há sinal para os sensatos.
68. E teu Senhor inspirou as abelhas, (dizendo): Construí as vossas colmeias nas montanhas, nas árvores e nas habitações (dos homens).
69. Alimentai-vos de toda a classe de frutos e segui, humildemente, pelas sendas traçadas por vosso Senhor! Sai do seu abdômen um líquido de variegadas cores que constitui cura para os humanos. Nisto há sinal para os que refletem.
70. Deus é Quem vos cria, depois vos recolhe. Entre vós há quem chegará à senilidade, até ao ponto em que de nada se lembrará do que tenha sabido. Sabei que Deus é Onipotente, Sapientíssimo.
71. Deus favoreceu, com a Sua mercê, uns mais do que outros; porém, os favorecidos não repartem os seus bens com os seus servos, para que com isso sejam iguais. Desagradecerão, acaso, as mercês de Deus!
72. Deus vos designou esposas de vossa espécie, e delas vos concedeu filhos e netos, e vos agraciou com todo o bem; crêem, porventura, na falsidade e descrêem das mercês de Deus?
73. E adoram, em vez de Deus, os que não podem proporcionar-lhes nenhum sustento, nem dos céus, nem da terra, por não terem poder para isso.
74. Não compareis ninguém a Deus, porque Ele sabe e vós ignorais.
75. Deus põe em comparação um escravo subserviente, que nada possui, com um livre, que temos agraciado prodigamente e que esbanja íntima e manifestamente. Poderão, acaso, equiparar-se? Louvado seja Deus! Porém, a maioria o ignora.
76. Deus vos propões outra comparação, a de dois homens: um deles é mudo, incapaz, resultando numa carga para o seu amo; aonde quer que o envie não lhe traz benefício algum. Poderia, acaso, equiparar-se com o que ordena a justiça, e marcha pela senda reta?
77. A Deus pertence o mistério dos céus e da terra. E o advento da Hora não tardará mais do que um pestanejar de olhos, ou fração menor ainda; sabei que Deus é Onipotente.
78. Deus vos extraiu das entranhas de vossas mães, desprovidos de entendimento, proporcionou-vos os ouvidos, as vistas e os corações, para que Lhe agradecêsseis.
79. Não reparam, acaso, nos pássaros dóceis, que podem voar através do espaço? Ninguém senão Deus é capaz de sustentá-los ali! Nisto há sinal para os fiéis.
80. Deus vos designou lares, para morada, e vos proporcionou tendas, feitas de peles de animais, as quais manejais facilmente no dia de vossa viagem, bem como no dia do vosso acampamento; e da sua lã, de sua fibra e de seus pelos elaborais alfaias e artigos que duram por algum tempo.
81. E Deus vos proporcionou abrigos contra o sul em tudo quanto criou, destinou abrigos nos montes, concedeu-vos vestimentas para resguardar-vos do calor e do frio e armaduras para proteger-vos em vossos combates. Assim vos agracia, para que vos consagreis a Ele.
82. Porém, se se recusarem, sabe que a ti somente incumbe a proclamação da lúcida Mensagem.
83. Muitos tomam conhecimento da graça de Deus, e em seguida a negam, porque a sua maioria é iníqua.
84. Recorda-lhes o dia em que faremos surgir uma testemunha de cada povo; então não será permitido aos incrédulos escusarem-se, nem receberão qualquer favor.
85. E quando os iníquos virem o tormento, este em nada lhes será atenuado, nem serão tolerados.
86. E quando os idólatras virem os seus ídolos, dirão: Ó Senhor nosso, eis os nossos ídolos, aos quais implorávamos, em vez de a Ti! E os ídolos contestarão: Sois uns mentirosos!
87. Então, submeter-se-ão a Deus, e tudo quanto tenham forjado desvanecer-se-á.
88. Quanto aos incrédulos, que desencaminham os demais da senda de Deus, aumentar-lhe-emos o castigo, por sua corrupção.
89. Recorda-lhes o dia em que faremos surgir uma testemunha de cada povo para testemunhar contra os seus, e te apresentaremos por testemunha contra os teus. Temos-te revelado, pois, o Livro, que é uma explanação de tudo, é orientação, misericórdia e alvíssaras para os muçulmanos.
90. Deus ordena a justiça, a caridade, o auxílio aos parentes, e veda a obscenidade, o ilícito e a iniqüidade. Ele vos exorta a que mediteis.
91. Cumpri o pacto com Deus, se houverdes feito, e não perjureis, depois de haverdes jurado solenemente, uma vez que haveis tomado Deus por garantia, porque Deus sabe tudo quanto fazeis.
92. E não imiteis aquela (mulher) que desfiava sua roca depois de havê-la enrolado profusamente; não façais juramentos fraudulentos(com segundas intenções), pelo fato de ser a vossa tribo mais numerosa do que outra. Deus somente vos experimentará e sanará a vossa divergência no Dia da Ressurreição.
93. Se Deus quisesse, ter-vos-ia constituído em um só povo; porém, desvia quem quer e encaminha quem Lhe apraz. Por certo que sereis interrogados sobre tudo quanto tiverdes feito.
94. Não façais juramentos fraudulentos, porque tropeçareis, depois de haverdes pisado firmemente, e provareis o infortúnio, por terdes desencaminhado os demais da senda de Deus, e sofrereis um severo castigo.
95. Não negocieis o pacto com Deus a vil preço, porque o que está ao lado de Deus é preferível para vós; se o soubésseis!
96. O que possuís é efêmero; por outra o que Deus possui é eterno. Em verdade, premiaremos os perseverantes com uma recompensa, de acordo com a melhor das suas ações.
97. A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, concederemos uma vida agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das ações.
98. Quando leres o Alcorão, ampara-te em Deus contra Satanás, o maldito.
99. Porque ele não tem nenhuma autoridade sobre os fiéis, que confiam em seu Senhor.
100. Sua autoridade só alcança aqueles que a ele se submetem e aqueles que, por ele, são idólatras.
101. E quando ab-rogamos um versículo por outro – e Deus bem sabe o que revela – dizem-te: Só tu és dele o forjador! Porém, a maioria deles é insipiente.
102. Dize que, em verdade, o Espírito da Santidade tem-no revelado, de teu Senhor, para firmar os fiéis de orientação e alvíssaras aos muçulmanos.
103. Bem sabemos o que dizem: Foi um ser humano que lho ensinou (o Alcorão a Mohammad). Porém, o idioma daquele a quem eludem tê-lo ensinado é o persa, enquanto que a deste (Alcorão) é a elucidativa língua árabe.
104. Aqueles que não crerem nos versículos de Deus não serão guiados por Deus e sofrerão um doloroso castigo.
105. Os que forjam mentiras são aqueles que não crêem nos versículos de Deus. Tais são os mentirosos.
106. Aquele que renegar Deus, depois de ter crido – salvo quem houver sido obrigado a isso e cujo coração se mantenha firme na fé – e aquele que abre seu coração à incredulidade, esses serão abominados por Deus e sofrerão um severo castigo.
107. Isso porque preferiram a vida terra à outra; e Deus não ilumina o povo incrédulo.
108. São aqueles aos quais Deus selou os corações, os ouvidos e os olhos; tais são os desatentos.
109. Sem dúvida alguma que serão os desventurados na outra vida.
110. E o teu Senhor é, para com aqueles que emigraram (de Makka) e que depois de terem sido torturados, combateram pela fé e perseveraram, por isso, Indulgente, Misericordiosíssimo.
111. Recorda-lhes o dia em que cada alma advogará pela própria causa e em que todo o ser será recompensado segundo o que houver feito e (ambos) não serão defraudados.
112. Deus exemplifica com o relato de uma cidade que vivia segura e tranqüila, à qual chegavam, de todas as partes, provisões em prodigalidade; porém, (seus habitantes) desagradeceram as mercês de Deus; então Ele lhes fez sofrer fome e terror extremos, pelo que haviam cometido.
113. Foi quando se apresentou a eles um mensageiro de sua raça e o desmentiram; porém, o castigo o surpreendeu, por causa de sua iniqüidade.
114. Desfrutai, pois, de todo o lícito e bom com que Deus vos tem agraciado, e agradecei as mercês de Deus, se só a Ele adorais.
115. Ele só vos vedou a carniça, o sangue, a carne de suíno e tudo o que tenha sido sacrificado com a invocação de outro nome que não seja o de Deus; porém, quem, sem intenção nem abuso, for compelido a isso, saiba que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.
116. E não profirais falsidades, dizendo: Isto é lícito e aquilo é ilícito, para forjardes mentiras acerca de Deus. Sabei que aqueles que forjam mentiras acerca de Deus jamais prosperarão.
117. Seus prazeres são transitórios, e sofrerão um severo castigo.
118. Havíamos vedado aos judeus o que te mencionamos anteriormente. Porém, não os condenamos; sem dúvida condenaram-se a si mesmos.
119. Quanto àqueles que cometem uma falta por ignorância e logo se arrependem e se encomendam a Deus, saiba que teu Senhor, depois disso, será Indulgente, Misericordiosíssimo.
120. Abraão era Imam e monoteísta, consagrado a Deus, e jamais se contou entre os idólatras.
121. Agradecido pelas Suas mercês, pois Deus o elegeu e o encaminhou até à senda reta.
122. E lhe concedemos um galardão neste mundo, e no outro estará entre os virtuosos.
123. E revelamos-te isto, para que adotes o credo de Abraão, o monoteísta, que jamais se contou entre os idólatras.
124. O sábado foi instituído para aqueles que disputaram a seu propósito (os judeus); mas teu Senhor julgará entre eles, devido às suas divergências, no Dia da Ressurreição.
125. Convoca (os humanos) à senda do teu Senhor com sabedoria e uma bela exortação; dialoga com eles de maneira benevolente, porque teu Senhor é o mais conhecedor de quem se desvia da Sua senda, assim como é o mais conhecedor dos encaminhados.
126. Quando castigardes, fazei-o do mesmo modo como fostes castigados; porém, se fordes pacientes será preferível para os que forem pacientes.
127. Sê paciente, que a tua paciência será levada em conta por Deus; não te condoas deles, nem te angusties por sua conspirações,
128. Porque Deus está com os tementes, e com os benfeitores!

17ª SURATA - AL ISRÁ - A VIAGEM NOTURNA.

17ª SURATA -                                                                                                                              AL ISRÁ -                                                                                                                                               A VIAGEM NOTURNA.
Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.
1. Glorificado seja Aquele que, durante a noite, transportou o Seu servo, tirando-o da Sagrada Mesquita (em Makka) e levando-o à Mesquita de Alacsa (em Jerusalém), cujo recinto bendizemos, para mostrar-lhe alguns dos Nossos sinais. Sabei que Ele é Oniouvinte, o Onividente.
2. E concedemos o Livro a Moisés, (Livro esse) que transformamos em orientação para os israelitas, (dizendo-lhes): Não adoteis, além de Mim, outro guardião!
3. Ó geração daqueles que embarcamos com Noé! Sabei que ele foi um servo agradecido!
4. E lançamos, no Livro, um vaticínio aos israelitas: causareis corrupção duas vezes) na terra e vos tornareis muito arrogantes.
5. E quanto se cumpriu a primeira, enviamos contra eles servos Nossos poderosos, que adentraram seus lares e foi cumprida a (Nossa) cominação.
6. Logo vos concedemos a vitória sobre eles, e vos agraciamos com bens e filhos, e vos tornamos mais numerosos.
7. Se praticardes o bem, este reverte-se-á em vosso próprio benefício; se praticardes o mal, será em prejuízo vosso. E quando se cumpriu a (Nossa) Segunda cominação, permitimos (aos vossos inimigos) afligir-vos e invadir o Templo, tal como haviam invadido da primeira vez, e arrasar totalmente com tudo quanto havíeis conquistado.
8. Pode ser que o vosso Senhor tenha misericórdia de vós; porém, se reincidirdes (no erro), Nós reincidiremos (no castigo) e faremos do inferno um cárcere para os incrédulos.
9. Em verdade, este Alcorão encaminha à senda mais reta e anuncia aos fiéis benfeitores que obterão uma grande recompensa.
10. E para aqueles que negam a outra vida, porém, temos preparado um doloroso castigo.
11. O homem impreca pelo mal, ao invés de suplicar pelo bem, porque o homem é impaciente.
12. Fizemos da noite e do dia dois exemplos; enquanto obscurecemos o sinal da noite, fizemos o sinal do dia para iluminar-vos, para que procurásseis a graça de vosso Senhor, e para que conhecêsseis o número dos anos e o seu cômputo; e explanamos claramente todas as coisas.
13. E casa homem lhe penduramos ao pescoço o seu destino e, no Dia da Ressurreição, apresentar-lhes-emos um livro, que encontrará aberto.
14. (E lhe diremos): Lê o teu livro! Hoje bastarás tu mesmo para julgar-te.
15. Quem se encaminha, o faz em seu benefício; quem se desvia, o faz em seu prejuízo, e nenhum pecador arcará com a culpa alheia. Jamais castigamos (um povo), sem antes termos enviado um mensageiro.
16. E se pensamos em destruir uma cidade, primeiramente enviamos uma ordem aos seus habitantes abastados que estão nela corromperem os Nossos mandamentos; esta (cidade), então, merecerá o castigo; aniquilá-la-emos completamente.
17. Quantas gerações temos exterminado depois de Noé! Porém, basta tão-somente que teu Senhor conheça e veja os pecados dos Seus servos.
18. A quem quiser as coisas transitórias (deste mundo), atendê-lo-emos ao inferno, em que entrará vituperado, rejeitado.
19. Aqueles que anelarem a outra vida e se esforçarem para obtê-la, e forem fiéis, terão os seus esforços retribuídos.
20. Tanto a estes como àqueles agraciamos com as dádivas do teu Senhor; porque as dádivas do teu Senhor jamais foram negadas a alguém.
21. Repara em como temos dignificado uns mais do que outros. Porém, na outra vida, há maiores dignidades e mais distinção.
22. Não tomes, junto com Deus (ó humano) outra divindade, porque serás vituperado, aviltado.
23. O decreto de teu Senhor é que não adoreis senão a Ele; que sejais indulgentes com vossos pais, mesmo que a velhice alcance um deles ou ambos, em vossa companhia; não os reproveis, nem os rejeiteis; outrossim, dirigi-lhes palavras honrosas.
24. E estende sobre eles a asa da humildade, e dize: Ó Senhor meu, tem misericórdia de ambos, como eles tiveram misericórdia de mim, criando-me desde pequenino!
25. Vosso Senhor é mais sabedor do que ninguém do que há em vossos corações. Se sois virtuosos, sabei que Ele é Indulgente para com os contritos.
26. Concede a teu parente o que lhe é devido, bem como ao necessitado e ao viajante, mas não sejas perdulário,
27. Porque os perdulários são irmãos dos demônios, e o demônio foi ingrato para com o seu Senhor.
28. Porém, se te absténs (ó Mohammad) de privar com eles com o fim de alcançares a misericórdia de teu Senhor, a qual almejas, fala-lhes afetuosamente.
29. Não cerres a tua mão excessivamente, nem a abras completamente, porque te verás censurado, arruinado.
30. Teu Senhor prodigaliza e provê, na medida exata, a Sua mercê a quem Lhe apraz, porque está bem inteirado e é Observador dos Seus servos.
31. Não mateis vossos filhos por temor à necessidade, pois Nós os sustentaremos, bem como a vós. Sabei que o seu assassinato é um grave delito.
32. Evitai a fornicação, porque é uma obscenidade e um péssimo exemplo!
33. Não mateis o ser que Deus vedou matar, senão legitimamente; mas, quanto a quem é morto injustamente, facultamos ao seu parente a represália; porém, que não se exceda na vingança, pois ele está auxiliado (pela lei).
34. Não disponhais do patrimônio do órfão senão da melhor forma, até que ele chegue à puberdade, e cumpri o convencionado, porque o convencionado será reivindicado.
35. E quanto instituirdes a medida, fazei-o corretamente; pesai na balança justa, porque isto é mais vantajoso e de melhor conseqüência.
36. Não sigas (ó humano) o que ignoras, porque pelo teu ouvido, pela tua vista, e pelo teu coração, por tudo isto será responsável!
37. E não te conduzas com jactância na terra, porque jamais poderás fendê-la, nem te igualar, em altura, às montanhas.
38. De todas as coisas, a maldade é a mais detestável, ante o teu Senhor.
39. Eis o que da sabedoria te inspirou teu Senhor: Não tomes, junto com Deus, outra divindade, porque será arrojado no inferno, censurado, rejeitado.
40. Porventura, vosso Senhor designou para vós os varões e escolheu para Si, dentre os anjos, as filhas? Sabei que proferis uma grande blasfêmia.
41. Temos reiterado os Nossos conselhos neste Alcorão, para que se persuadam; porém, isso não logra fazer mais do que aumentar-lhes a aversão.
42. Dize-lhes: Se, como dize, houvesse, juntamente com Ele, outros deuses, teriam tratado de encontrar um meio de contrapor-se ao Soberano do Trono.
43. Glorificado e sublimemente exaltado seja Ele, por tudo quanto blasfemam!
44. Os setes céus, a terra, e tudo quanto neles existe glorificam-No. Nada existe que não glorifique os Seus louvores! Porém, não compreendeis as suas glorificações. Sabei que Ele é Tolerante, Indulgentíssimo.
45. E, quando recitas o Alcorão, interpomos um véu invisível entre ti e aqueles que não crêem na outra vida.
46. E sigilamos os corações para que não o compreendessem, e ensurdecemos os seus ouvidos. E, quando, no Alcorão, mencionas unicamente teu Senhor, voltam-te as costas desdenhosamente.
47. Sabemos, melhor do que ninguém, quando vêm escutar-te e porque o fazem; e quando se encontram em confidência, os iníquos dizem: Não seguis senão um homem enfeitiçado!
48. Olha com o que te comparam! Porém, assim se desviam, e nunca encontrarão senda alguma.
49. Dizem: Quê! Quando estivermos reduzidos a ossos e pó, seremos, acaso reencarnados em uma nova criação?
50. Dize-lhes: Ainda que fôsseis pedras ou ferro,
51. Ou qualquer outra criação inconcebível às vossas mentes (seríeis ressuscitados). Perguntarão, então: Quem nos ressuscitará? Respondeu-lhes: Quem vos criou da primeira vez! Então, meneando a cabeça, dirão: Quando ocorrerá isso? Responde-lhes: Talvez seja logo!
52. Será no dia em que Ele vos chamar e em que vós O atendereis, glorificando os Seus louvores; e vos parecerá que não permanecestes ali senão pouco tempo.
53. E dize aos Meus servos que digam sempre o melhor, porque Satanás causa dissensões entre eles, pois Satanás é um inimigo declarado do homem.
54. Vosso Senhor vos conhece melhor do que ninguém. Se Lhe apraz, apiada-Se de vós e, se quer, castiga-vos. Não te enviamos como guardião deles.
55. Teu Senhor conhece melhor do que ninguém aqueles que estão nos céus e na terra. Temos preferido a uns profetas sobre outros, e concedemos os Salmos a Davi.
56. Dize-lhes: Invocai os que pretendeis em vez d’Ele! Porém não poderão vos livrar das adversidades, nem as modificar.
57. Aqueles que invocam anseiam por um meio que os aproxime do seu Senhor e esperam a Sua misericórdia e temem o Seu castigo, porque o castigo do teu Senhor é temível!
58. Não existe cidade alguma que não destruiremos antes do Dia da Ressurreição ou que não a castigaremos severamente; isto está registrado no Livro.
59. E não enviamos os sinais somente porque os primitivos os desmentiram. Havíamos apresentado ao povo de Tamud a camela como um sinal evidente, e eles a trataram erradamente; porém, jamais enviamos sinais, senão para adverti-los.
60. E quanto te dissemos: Teu Senhor abrange toda a humanidade. A visão que te temos mostrado não foi senão uma prova para os humanos, o mesmo que a árvore maldita no Alcorão. Nós o advertimos! Porém, isto não fez mais do que aumentar a sua grande transgressão.
61. E quando dissemos aos anjos: Prostrai-vos ante Adão!, prostraram-se todos, menos Lúcifer, que disse: Terei de prostrar-me ante quem criaste do barro?
62. E continuou: Atenta para este, que preferiste a mim! Juro que se me tolerares até o Dia da Ressurreição, salvo uns poucos, apossar-me-ei da sua descendência!
63. Disse-lhe (Deus): Vai-te, (Satanás)! E para aqueles que te seguirem, o inferno será o castigo bem merecido!
64. Seduze com a tua voz aqueles que puderes, dentre eles; aturde-os com a tua cavalaria e a tua infantaria; associa-te a eles nos bens e nos filhos, e faze-lhes promessas! Qual! Satanás nada lhes promete, além de quimeras.
65. Não terás autoridade alguma sobre os Meus servos, porque basta o teu Senhor para Guardião.
66. Vosso Senhor é Quem faz singrar o mar, os navios para que procureis algo da Sua graça, porque Ele é Misericordioso para convosco.
67. E quando, no mar, vos açoita a adversidade, aqueles que invocais além d’Ele desvanecem-se; porém, quando vos salva, conduzindo-vos à terra, negai-Lo, porque é próprio do homem ser ingrato.
68. Estais, acaso, seguros de que Ele não fará a terra tragar-vos ou de que não desencadeará sobre vós um furacão, sem que possais encontrar guardião algum?
69. Ou estais, então, seguros de que não vos devolverá novamente ao mar e de que não desencadeará sobre vós uma tormenta que vos afogará, por vossa ingratidão, sem que possais encontrar quem vos aproxime de Nós?
70. Enobrecemos os filhos de Adão e os conduzimos pela terra e pelo mar; agraciamo-los com todo o bem, e preferimos enormemente sobre a maior parte de tudo quanto criamos.
71. Um dia convocaremos todos os seres humanos, com os seus (respectivos) imames. E aqueles a quem forem entregues os seus livros na destra, lê-los-ão e não serão defraudados no mínimo que seja.
72. Porém, quem estiver cego neste mundo estará cego no outro, e mais desencaminhado ainda!
73. Se pudessem, afastar-te-iam do que te temos inspirado para forjares algo diferente. Então, aceitar-te-iam por amigo.
74. E se não te tivéssemos firmado, ter-te-ias inclinado um pouco para eles.
75. Neste caso, ter-te-íamos duplicado (o castigo) nesta vida e na outra, e não terias encontrado quem te defendesse de Nós.
76. Conspiraram atemorizar-te na terra (de Makka), com o fito de te expulsarem dela; porém, não permaneceriam muito tempo ali, depois de ti.
77. Tal é a lei que havíamos enviado, antes de ti, aos Nossos mensageiros, e não acharás mudança em Nossa lei.
78. Observa a oração, desde o declínio do sol até à chegada da noite, e cumpre a recitação matinal, porque é sempre testemunhada.
79. E pratica, durante a noite, orações voluntárias; talvez assim teu Senhor te conceda uma posição louvável.
80. E dize: Ó Senhor meu, faze com que eu entre com honradez e saia com honradez; concede-me, de Tua parte, uma autoridade para socorrer(-me).
81. Dize também: Chegou a Verdade, e a falsidade desvaneceu-se, porque a falsidade é pouco durável.
82. E revelamos, no Alcorão, aquilo que é bálsamo e misericórdia para os fiéis; porém, isso não fará mais do que aumentar a perdição dos iníquos.
83. Mas, quando agraciamos o homem, ele Nos desdenha e se envaidece; em troca, quando o mal o açoita, ei-lo desesperado.
84. Dize-lhes: Cada qual age a seu modo; porém, vosso Senhor conhece mais do que ninguém o melhor encaminhado.
85. Perguntar-te-ão sobre o Espírito. Responde-lhes: O Espírito está sob o comando do meu Senhor, e só vos tem sido concedida uma ínfima parte do saber.
86. Se quiséssemos, poderíamos anular tudo quanto te temos inspirado, e não encontrarias, então, defensor algum, ante Nós;
87. Porém, (tal não foi anulado) por misericórdia de teu Senhor. Sua graça para contigo é imensa.
88. Dize-lhes: Mesmo que os humanos e os gênios se tivessem reunido para produzir coisa similar a este Alcorão, jamais teriam feito algo semelhante, ainda que se ajudassem mutuamente.
89. Temos exposto neste Alcorão toda a sorte de exemplos para os humanos, porém, a maioria dos humanos o nega.
90. E dizem: Não creremos em ti, a menos que nos faças brotar um manancial da terra,
91. Ou que possuas um jardim de tamareiras e videiras, em meio ao qual faças brotar rios abundantes.
92. Ou que faças cair o céus em pedaços sobre nós, como disseste (que aconteceria), ou nos apresentes Deus e os anhos em pessoa,
93. Ou que possuas uma casa adornada com ouro, ou que escales o céus, pois jamais creremos na tua ascensão, até que nos apresentes um livro que possamos ler. Dize-lhes: Glorificado seja o meu Senhor! Sou, porventura, algo mais do que um Mensageiro humano?
94. Que foi que impediu os humanos de crerem, quando lhes chegou a orientação? Disseram: Acaso, Deus teria enviado por Mensageiro um mortal?
95. Responde-lhes: Se na terra houvesse anjos, que caminhassem tranqüilos, Ter-lhes-íamos enviado do céu um anjo por mensageiro.
96. Dize-lhes: Basta-me Deus por Testemunha, entre vós e mim, porque Ele está bem inteirado de Seus servos e é Onividente.
97. Aquele que Deus encaminhar estará bem encaminhado; e àqueles que deixar que se extraviem, jamais lhes encontrarás protetor, em vez d’Ele. No Dia da Ressurreição os congregaremos, prostrados sobre os seus rostos, cegos, surdos e mudos; o inferno será a sua morada e, toda a vez que se extinguir a sua chama, avivá-la-emos.
98. Isso será o seu castigo, porque negam os Nosso versículos e dizem: Quê! Quando estivermos reduzidos a ossos e pó, seremos, acaso, reencarnados em uma nova criação?
99. Não reparam em que Deus, Que criou os céus e a terra, é capaz de criar outros seres semelhantes a eles, e fixar-lhes um destino indubitável? Porém, os iníquos negam tudo.
100. Dize-lhes: Se possuísseis os tesouros da misericórdia de meu Senhor, vós os mesquinharíeis, por temor de gastá-los, pois o homem foi sempre avaro.
101. Concedemos a Moisés nove sinais evidentes – pergunta, pois, aos israelitas, sobre isso -; então o Faraó lhe disse: Creio, ó Moisés, que estás enfeitiçado!
102. Moisés lhe disse: Tu bem sabes que ninguém, senão o Senhor dos céus e da terra, revelou estas evidências, e por certo, ó Faraó, creio que estás condenado à perdição.
103. E o Faraó quis bani-los da terra; porém, afogamo-lo, com os que com ele estavam.
104. E depois disso dissemos aos israelitas: Habitai a Terra, porque, quando chegar a Segunda cominação, reunir-vos-emos em grupos heterogêneos.
105. E o temos revelado (o Alcorão) em verdade e, em verdade, revelamo-lo e não te enviamos senão como alvissareiro e admoestador.
106. É um Alcorão que dividimos em partes, para que o recites paulatinamente aos humanos, e que revelamos por etapas.
107. Dize-lhes: Quer creiais nele ou não, sabei que aqueles que receberam o conhecimento, antes dele, quando lhos é recitado, caem de bruços, prostrando-se.
108. E dizem: Glorificado seja o nosso Senhor, porque a Sua promessa foi cumprida!
109. E caem de bruço, chorando, e isso lhes aumenta a humildade.
110. Dize-lhes: Quer invoqueis a Deus, quer invoqueis o Clemente, sabei que d’Ele são os mais sublimes atributos! Não profiras (ó Mohammad) a tua oração em voz muito alta, nem em vos demasiado baixa, mas procura um tom médio, entre ambas.
111. E dize: Louvado seja Deus, que jamais teve filho algum, tampouco teve parceiro algum na Soberania, nem (necessita) de ninguém para protegê-Lo da humilhação, e é exaltado com toda a magnificência.

18ª SURATA - AL CAHF - A CAVERNA.

   18ª SURATA - AL CAHF - A CAVERNA. 
Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.
1. Louvado seja Deus que revelou o Livro ao Seu servo, no qual não colocou contradição alguma.
2. Fê-lo reto, para admoestar do Seu castigo e alvissarar aos fiéis que praticam o bem que obterão uma boa recompensa,
3. Da qual desfrutarão eternamente,
4. E para admoestar aqueles que dizem: Deus teve um filho!
5. A despeito de carecerem de conhecimento a tal respeito; o mesmo tendo acontecido com seus antepassados. É uma blasfêmia o que proferem as suas bocas; não dizem senão mentiras!
6. É possível que te mortifiques de pena por causa deles, se não crerem nesta Mensagem.
7. Tudo quanto existe sobre a terra, criamo-lo para ornamentá-la, a fim de os experimentarmos e vermos aqueles, dentre eles, que melhor se comportam.
8. Em verdade, tudo quanto existe sobre ela, reduzi-lo-emos a cinza e solo seco.
9. Pensas, acaso, que os ocupantes da caverna e da inscrição forma algo extraordinário entre os Nossos sinais?
10. Recorda de quando um grupo de jovens se refugiou na caverna, dizendo: Ó Senhor nosso, concede-nos Tua misericórdia, e reserva-nos um bom êxito em nossa empresa!
11. Adormecemo-los na caverna durante anos.
12. Então despertamo-los, para assegurar-Nos de qual dos dois grupos sabia calcular melhor o tempo que haviam permanecido ali.
13. Narramos-te a sua verdadeira história: Eram jovens, que acreditavam em seu Senhor, pelo que os aumentamos em orientação.
14. E robustecemos os seus corações; e quando se ergueram, dizendo: Nosso Senhor é o Senhor dos céus e da terra e nunca invocaremos nenhuma outra divindade em vez d’Ele; porque, com isso, proferiríamos extravagâncias.
15. Estes povos adoram outras divindades, em vez d’Ele, embora não lhes tenha sido concedida autoridade evidente alguma para tal. Haverá alguém mais iníquo do que quem forja mentiras acerca de Deus?
16. Quando vos afastardes dele, com tudo quanto adoram, além de Deus, refugiai-vos na caverna; então, vosso Senhor vos agraciará com a Sua misericórdia e vos reservará um feliz êxito em vosso empreendimento.
17. E verias o sol, quando se elevava, resvalar a caverna pela direita e, quando se punha, deslizar pela esquerda, enquanto eles ficavam no seu espaço aberto. Este é um dos sinais de Deus. Aquele que Deus encaminhar estará bem encaminhado; por outra, àquele que desviar, jamais poderás achar-lhe protetor que o guie.
18. (Se os houvesses visto), terias acreditado que estavam despertos, apesar de estarem dormindo, pois Nós os virávamos, ora para a direita, ora para a esquerda, enquanto o seu cão dormia, com as patas estendidas, na entrada da caverna. Sim, se os tivesses visto, terias retrocedido e fugido, transido de espanto!
19. E eis que os despertamos para que se interrogassem entre si. Um deles disse: Quanto tempo permanecestes aqui? Responderam: Estivemos um dia, ou parte dele! Outros disseram: Nosso Senhor sabe melhor do que ninguém o quanto permanecestes. Enviai à cidade alguns de vós com este dinheiro; que procure o melhor alimento e vos traga uma parte; que seja afável e não inteire ninguém a vosso respeito,
20. Porque, se vos descobrirem, apedrejar-vos-ão ou vos coagirão a abraçar seu credo e, então, jamais prosperareis.
21. Assim revelamos o seu caso às pessoas, para que se persuadissem de que a promessa de Deus é verídica e de que a Hora é indubitável. E quando estes discutiram entre si a questão, disseram: Erigi um edifício, por cima deles; seu Senhor é o mais sabedor disso. Aqueles, cujas opiniões prevalecia, disseram: Erigi um templo, por cima da caverna!
22. Alguns diziam: Eram três, e o cão deles perfazia um total de quatro. Outros diziam: Eram cinco, e o cão totalizava seis, tentando, sem dúvida, adivinhar o desconhecido. E outros, ainda, diziam: Eram sete, oito com o cão. Dize: Meu Senhor conhece melhor do que ninguém o seu número e só poucos o desconhece! Não discutais, pois, a respeito disto, a menos que seja de um modo claro e não inquiras, sobre eles, ninguém
23. Jamais digas: Deixai, que farei isto amanhã,
24. A menos que adiciones: Se Deus quiser! Recorda teu Senhor quando esqueceres, e dize: É possível que meu Senhor me encaminhe para o que está mais próximo da verdade.
25. Eis que permaneceram na caverna trezentos e nove anos.
26. Dize-lhes: Deus sabe melhor do que ninguém o quanto permaneceram, porque é Seu o mistério dos céus e da terra. Quão Vidente e quão Ouvinte é! Eles têm, em vez d’Ele, protetor algum, e Ele não divide com ninguém o seu comando.
27. Recita, pois, o que te foi revelado do Livro de teu Senhor, cujas palavras são imutáveis; nunca acharás amparo fora d’Ele.
28. Sê paciente, juntamente com aqueles que pela manhã e à noite invocam seu Senhor, anelando contemplar Seu Rosto. Não negligencies os fiéis, desejando o encanto da vida terrena e não escutes aquele cujo coração permitimos negligenciar o ato de se lembrar de Nós, e que se entregou aos seus próprios desejos, excedendo-se em suas ações.
29. Dize-lhes: A verdade emana do vosso Senhor; assim, pois, que creia quem desejar, e descreia quem quiser. Preparamos para os iníquos o fogo, cuja labareda os envolverá. Quando implorarem por água, ser-lhes-á dada a beber água semelhante a metal em fusão, que lhes assará os rostos. Que péssima bebida! Que péssimo repouso!
30. Em troca, os fiéis, que praticam o bem – certamente que não frustraremos a recompensa do benfeitor -,
31. Obterão os jardins do Éden, abaixo dos quais correm os rios, onde usarão braceletes de ouro, vestirão roupas verdes de tafetá e brocado, e repousarão sobre tronos elevados. Que ótima recompensa e que feliz repouso!
32. Expõe-lhes o exemplo de dois homens: a um deles concedemos dois parreirais, que rodeamos de tamareiras e, entre ambos, dispusemos plantações.
33. Ambos os parreirais frutificaram, sem em nada falharem, e no meio deles fizemos brotar um rio.
34. E abundante era a sua produção. Ele disse ao seu vizinho: Sou mais rico do que tu e tenho mais poderio.
35. Entrou em seu parreiral num estado (mental) injusto para com a sua alma. Disse: Não creio que (este parreiral) jamais pereça,
36. Como tampouco creio que a Hora chegue! Porém, se retornar ao meu Senhor, serei recompensado com outra dádiva melhor do que esta.
37. Seu vizinho lhe disse, argumentando: Porventura negas Quem te criou, primeiro do pó, e depois de esperma e logo te moldou como homem?
38. Quanto a mim, Deus é meu Senhor e jamais associarei ninguém ao meu Senhor.
39. Por que quando entrastes em teu parreiral não dissestes: Seja o que Deus quiser; não existe poder senão de Deus! Mesmo que eu seja inferior a ti em bens e filhos,
40. É possível que meu Senhor me conceda algo melhor do que o teu parreiral e que, do céu, desencadeie sobre o teu uma centelha, que o converta em um terreno de areia movediça.
41. Ou que a água seja totalmente absorvida e nunca mais possa recuperá-la.
42. E foram arrasadas as suas propriedades; e ( o incrédulo, arrependido) retorcia, então, as mãos, pelo que nelas havia investido, e, vendo-as revolvidas, dizia: Oxalá não tivesse associado ninguém ao meu Senhor!
43. E não houve ajuda que o defendesse de Deus, nem pôde salvar-se.
44. Assim, a proteção só incumbe ao Verdadeiro Deus, porque Ele é o melhor Recompensador e o melhor Destino.
45. Expõe-lhes o exemplo da vida terrena, que se assemelha à água, que enviamos do céu, a qual se mescla com as plantas da terra, as quais se convertem em feno, que os ventos disseminam. Sabei que Deus prevalece sobre todas as coisas.
46. Os bens e os filhos são o encanto da vida terrena; por outra, as boas ações, perduráveis, ao mais meritórias e mais esperançosas, aos olhos do teu Senhor.
47. E recorda-lhes o dia em que moveremos as montanhas, quando então verás a terra arrasada, e os congregaremos, sem se omitir nenhum deles.
48. Então serão apresentados em filas, ante o seu Senhor, que lhes dirá: Agora compareceis ante Nós, tal como vos criamos pela primeira vez, embora pretendêsseis que jamais vos fixaríamos este comparecimento.
49. O Livro-registro será exposto. Verás os pecadores atemorizados por seu conteúdo, e dirão: Ai de nós! Que significa este Livro? Não omite nem pequena, nem grande falta, senão que as enumera! E encontrarão registrado tudo quanto tiverem feito. Teu Senhor não defraudará ninguém.
50. E (lembra-te) de quando dissemos aos anjos: Prostrai-vos ante Adão! Prostraram-se todos, menos Lúcifer, que era um dos gênios, e que se rebelou contra a ordem do seu Senhor. Tomá-los-íeis, pois, juntamente com a sua prole, por protetores, em vez de Mim, apesar de serem vossos inimigos? Que péssima troca a dos iníquos!
51. Não os tomei por testemunhas na criação dos céus e da terra, nem na sua própria criação, porque jamais tomei por assistentes os sedutores.
52. E no dia em que Ele disser (aos idólatras): Chamais os Meus pretendido parceiros!, chamá-los-ão; porém, estes não atenderão a eles, pois lhes teremos imposto um abismo.
53. Os pecadores divisarão o fogo, estarão cientes de que cairão nele, porém não acharão escapatória.
54. Temos reiterado, neste Alcorão, toda a classe de exemplos para os humanos; porém, o homem é o litigioso mais recalcitrante (que existe).
55. E o que impediu os humanos de crerem, quando lhes chegou a orientação, de implorarem o perdão do seu Senhor? Desejam, acaso, que os surpreenda o escarmento dos primitivos ou lhes sobrevenha abertamente o castigo?
56. Jamais enviamos mensageiros, a não ser como alvissareiros e admoestadores; porém, os incrédulos disputam com vãos argumentos a falsidade, para com ela refutarem a verdade; e tomam os Meus versículos e as Minhas advertências como objeto de escárnio.
57. E haverá alguém mais iníquo do que quem, ao ser exortado com os versículos do seu Senhor, logo os desdenha, esquecendo-se de tudo quanto tenha cometido? Em verdade, sigilamos as suas mentes para que não os compreendessem, e ensurdecemos os seus ouvidos; e ainda que os convides à orientação, jamais se encaminharão.
58. Porém, teu Senhor é Indulgente, Misericordiosíssimo. Se ele os punisse pelo que cometeram, acelerar-lhes-ia o castigo; porém, terão um prazo, depois do qual jamais terão escapatória.
59. Tais eram as cidades que, pela iniqüidade dos seus habitantes, exterminamos, e prefixamos um término para isso.
60. Moisés disse ao seu ajudante: Não descansarei até alcançar a confluência dos dois mares, ainda que para isso tenha de andar anos e anos.
61. Mas quando ambos se aproximaram da confluência dos dois mares, haviam esquecido o seu peixe, o qual seguira, serpeando, seu rumo até ao mar.
62. E quando a alcançaram, Moisés disse ao seu servo: Providencia nosso alimento, pois sofremos fadigas durante a nossa viagem.
63. Respondeu-lhe: Lembras-te de quando nos refugiamos junto à rocha? Eu me esqueci do peixe – e ninguém, senão Satanás, me fez esquecer de me recordar! – Creio que ele tomou milagrosamente o rumo do mar.
64. Disse-lhe: Eis o que procurávamos! E voltaram pelo mesmo caminho.
65. E encontraram-se comum dos Nossos servos, que havíamos agraciado com a Nosso misericórdia e iluminado com a Nossa ciência.
66. E Moisés lhe disse: Posso seguir-te, para que me ensines a verdade que te foi revelada?
67. Respondeu-lhe: Tu não serias capaz de ser paciente para estares comigo.
68. Como poderias ser paciente em relação ao que não compreendes?
69. Moisés disse: Se Deus quiser, achar-me-á paciente e não desobedecerei às tuas ordens.
70. Respondeu-lhe: Então segue-me e não me perguntes nada, até que eu te faça menção disso.
71. Então, ambos se puseram a andar, até embarcarem em um barco, que o desconhecido perfurou. Moisés lhe disse: perfuraste-o para afogar seus ocupantes? Sem dúvida que cometeste um ato insólito!
72. Retrucou-lhe: Não te disse que és demasiado impaciente para estares comigo?
73. Disse-lhe: Desculpa-me por me ter esquecido, mas não me imponhas uma condição demasiado difícil.
74. E ambos se puseram a andar, até que encontraram um jovem, o qual (o companheiro de Moisés) matou. Disse-lhe então Moisés: Acabas de matar um inocente, sem que tenha causado morte a ninguém! Eis que cometeste uma ação inusitada.
75. Retrucou-lhe: Não te disse que não poderás ser paciente comigo?
76. Moisés lhe disse: Se da próxima vez voltar a perguntar algo, então não permitas que te acompanhe, e me desculpa.
77. E ambos se puseram a andar, até que chegaram a uma cidade, onde pediram pousada aos seus moradores, os quais se negaram a hospedá-los. Nela, acharam um muro que estava a ponto de desmoronar e o desconhecido o restaurou. Moisés lhe disse então: Se quisesses, poderia exigir, recompensa por isso.
78. Disse-lhe: Aqui nós nos separamos; porém, antes, inteirar-te-ei da interpretação, porque tu és demasiado impaciente para isso:
79. Quanto ao barco, pertencia aos pobres pescadores do mar e achamos por bem avariá-lo, porque atrás dele vinha um rei que se apossava, pela força, de todas as embarcações.
80. Quanto ao jovem, seus pais eram fiéis e temíamos que os induzisse à transgressão e à incredulidade.
81. Quisemos que o seu Senhor os agraciasse, em troca, com outro puro e mais afetuoso.
82. E quanto ao muro, pertencia a dois jovens órfãos da cidade, debaixo do qual havia um tesouro seu. Seu pai era virtuoso e teu Senhor tencinou que alcançassem a puberdade, para que pudessem tirar o seu tesouro. Isso é do beneplácito de teu Senhor. Não o fiz por minha própria vontade. Eis a explicação daquilo em relação ao qual não foste paciente.
83. Interrogar-te-ão a respeito de Zul-Carnain. Dize-lhes: Relatar-vos-ei algo de sua história:
84. Consolidamos o seu poder na terra e lhe proporcionamos o meio de tudo.
85. E seguiu um rumo,
86. Até que, chegando ao poente do sol, viu-o pôr-se numa fonte fervente, perto da qual encontrou um povo. Dissemos-lhe: Ó Zul Carnain, tens autoridade para castigá-los ou tratá-los com benevolência.
87. Disse: Castigaremos o iníquo; logo retornará ao seu Senhor, que o castigará severamente.
88. Quanto ao crente que praticar o bem, obterá por recompensa a bem-aventurança, e o trataremos com brandura.
89. Então, seguiu (outro) rumo.
90. Até que, chegando ao nascente do sol, viu que este saía sobre um povo contra o qual noa havíamos provido nenhum abrigo.
91. Assim foi, porque temos pleno conhecimento de tudo sobre ele.
92. Então, seguiu (outro) rumo.
93. Até que chegou a um lugar entre duas montanhas, onde encontrou um povo que mal podia compreender uma palavra.
94. Disseram-lhe: Ó Zul Carnain, Gog e Magog são devastadores na terra. Queres que te paguemos um tributo, para que levantes uma barreira entre nós e eles?
95. Respondeu-lhes: Aquilo com que o meu Senhor me tem agraciado é preferível. Secundai-me, pois, com denodo, e levantarei uma muralha intransponível, entre vós e eles.
96. Trazei-me blocos de ferro, até cobrir o espaço entre as duas montanhas. Disse aos trabalhadores: Assoprai (com vossos foles), até que fiquem vermelhas como fogo. Disse mais: Trazei-me chumbo fundido, que jogarei por cima.
97. E assim a muralha foi feita e (Gog e Magog) não puderam escalá-la, nem perfurá-la.
98. Disse (depois): Esta muralha é uma misericórdia de meu Senhor. Porém, quando chegar a Sua promessa, Ele a reduzirá a pó, porque a promessa de meu Senhor é infalível.
99. Nesse dia, deixaremos alguns deles insurgirem-se contra os outros e a trombeta será soada. E os congregaremos a todos.
100. Nesse dia, apresentaremos abertamente, aos incrédulos, o inferno,
101. Bem como àqueles cujos olhos estavam velados para se lembrarem de Mim, e que não foram capazes de escutar.
102. Pensaram, acaso, os incrédulos tomar Meus servos por protetores, em vez de Mim? temos destinado o inferno, por morada, aos incrédulos.
103. Dize-lhes: Quereis que vos inteire de quem são os mais desmerecedores, por suas obras?
104. São aqueles cujos esforços se desvaneceram na vida terrena, não obstante crerem haver praticado o bem.
105. Estes são os que renegaram os versículos de seu Senhor e o comparecimento ate Ele; porém, suas obras tornaram-se sem efeito e não lhes reconheceremos mérito algum, no Dia da Ressurreição.
106. Sua morada será o inferno, por sua incredulidade, e por terem escarnecido os Meus versículos e os Meus mensageiros.
107. Por outra, os fiéis, que praticarem o bem, terão por abrigo os jardins do Paraíso,
108. Onde morarão eternamente e não ansiarão por mudar de sorte.
109. Dize-lhes: Se o oceano se transformasse em tinta, com que se escrevessem as palavras de meu Senhor, esgotar-se-ia antes de se esgotarem as Suas palavras, ainda que para isso se empregasse outro tanto de tinta.
110. Dize: Sou tão-somente um mortal como vós, a quem tem sido revelado que o vosso Deus é um Deus único. Por conseguinte, quem espera o comparecimento ante seu Senhor que pratique o bem e não associe ninguém ao culto d’Ele.                                                           
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(ALCORÃO SAGRADO) 19ª SURATA - MÁRIAM - MARIA

19ªSURAT- MÁRIAM    MARIA                                         Revelada em Makka; 98 versículos, com exceção dos versículos 58 e 71, que foram revelados em Madina.
                                                                                                                                                              1. Caf, Ha, Yá, Ain, Sad.
2. Eis o relato da misericórdia de teu Senhor para com o Seu servo, Zacarias.
3. Ao invocar, intimamente, seu Senhor,
4. Dizendo: Ó Senhor meu, os meus ossos estão debilitados, o meu cabelo embranqueceu; mas nunca fui desventurado em minhas súplicas a Ti, ó Senhor meu!
5. Em verdade, temo pelo que farão os meus parentes, depois da minha morte, visto que minha mulher é estéril. Agracia-me, de tua parte, com um sucessor!
6. Que represente a mim e à família de Jacó; e faze, ó meu Senhor, com que esse seja complacente!
7. Ó Zacarias, alvissaramos-te o nascimento de uma criança, cujo nome será Yahia (João). Nunca denominamos, assim, ninguém antes dele.
8. Disse (Zacarias): Ó Senhor meu, como poderei ter um filho, uma vez que minha mulher é estéril e eu cheguei à senilidade?
9. Respondeu-lhe: Assim será! Disse teu Senhor: Isso Me é fácil, visto que te criei antes mesmo de nada seres.
10. Suplicou: Ó Senhor meu, faze-me um sinal! Disse-lhe: Teu sinal consistirá em que não poderás falar com ninguém durante três noites.
11. Saiu do templo e, dirigindo-se ao seu povo, indicou-lhes, por sinais, que glorificassem Deus, de manhã e à tarde.
12. (Foi dito): Ó Yahia, observa fervorosamente o Livro! E o agraciamos, na infância, com a sabedoria,
13. assim como com as Nossas clemência e pureza, e foi devoto,
14. e piedoso para com seus pais, e jamais foi arrogante ou rebelde.
15. A paz esteve com ele desde o dia em que nasceu, no dia em que morreu e estará no dia em que foi ressuscitado.
16. E menciona Maria, no Livro, a qual se separou de sua família, indo para um local que dava para o leste.
17. E colocou uma cortina para ocultar-se dela (da família), e lhe enviamos o Nosso Espírito, que lhe apareceu personificado, como um homem perfeito.
18. Disse-lhe ela: Guardo-me de ti no Clemente, se é que temes a Deus.
19. Explicou-lhe: Sou tão-somente o mensageiro do teu Senhor, para agraciar-te com um filho imaculado.
20. Disse-lhe: Como poderei ter um filho, se nenhum homem me tocou e jamais deixei de ser casta?
21. Disse-lhe: Assim será, porque teu Senhor disse: Isso Me é fácil! E faremos disso um sinal para os homens, e será uma prova de Nossa misericórdia. E foi uma ordem inexorável.
22. E quando concebeu, retirou-se, com um rebento a um lugar afastado.
23. As dores do parto a constrangeram a refugiar-se junto a uma tamareira. Disse: Oxalá eu tivesse morrido antes disto, ficando completamente esquecida.
24. Porém, chamou-a uma voz, junto a ela: Não te atormentes, porque teu Senhor fez correr um riacho a teus pés!
25. E sacode o tronco da tamareira, de onde cairão sobre ti tâmaras madura e frescas.
26. Come, pois, bebe e consola-te; e se vires algum humano, faze-o saber que fizeste um voto de jejum ao Clemente, e que hoje não poderás falar com pessoa alguma.
27. Regressou ao seu povo levando-o (o filho) nos braços. E lhes disseram: Ó Maria, eis que fizeste algo extraordinário!
28. Ó irmão de Aarão, teu pai jamais foi um homem do mal, nem tua mãe uma (mulher) sem castidade!
29. Então ela lhes indicou que interrogassem o menino. Disseram: Como falaremos a uma criança que ainda está no berço?
30. Ele lhes disse: Sou o servo de Deus, o Qual me concedeu o Livro e me designou como profeta.
31. Fez-me abençoado, onde quer que eu esteja, e me encomendou a oração e (a paga do) zakat enquanto eu viver.
32. E me fez piedoso para com a minha mãe, não permitindo que eu seja arrogante ou rebelde.
33. A paz está comigo, desde o dia em que nasci; estará comigo no dia em que eu morrer, bem como no dia em que eu for ressuscitado.
34. Este é Jesus, filho de Maria; é a pura verdade, da qual duvidam.
35. É inadmissível que Deus tenha tido um filho. Glorificado seja! quando decide uma coisa, basta-lhe dizer: Seja!, e é.
36. E Deus é o meu Senhor e vosso. Adorai-O, pois! Esta é a senda reta.
37. Porém, as seita discordaram a seu respeito. Ai daqueles que não crêem no comparecimento ao grande dia!
38. Quão ouvintes e quão videntes serão, no dia em que comparecerem ante Nós! Porém, os iníquos estão, hoje, em um evidente erro.
39. E admoesta-os sobre o dia do lamento, quando a sentença for cumprida, enquanto estão negligentes e não crêem.
40. Em verdade, Nós herdaremos a terra com todos os que nela estão e a Nós retornarão todos.
41. E menciona, no Livro, (a história de) Abraão; ele foi um homem de verdade, e um profeta.
42. Ele disse ao seu pai: Ó meu pai, por que adoras quem não ouve, nem vê, ou que em nada pode valer-te?
43. Ó meu pai, tenho recebido algo da ciência, que tu não recebeste. Segue-me, pois, que eu te conduzirei pela senda reta!
44. Ó meu pai, não adores Satanás, porque Satanás foi rebelde para com o Clemente!
45. Ó meu pai, em verdade, temo que te açoite um castigo do Clemente, tornando-te, assim, amigo de Satanás.
46. Disse-lhe: Ó Abraão, porventura detestas as minhas divindades? Se não desistires, apedrejar-te-ei. Afasta-te de mim!
47. Disse-lhe: Que a paz esteja contigo! Implorarei, para ti, o perdão do meu Senhor, porque é Agraciante para comigo.
48. Abandonar-vos-ei, então, com tudo quanto adorais, em vez de Deus. Só invocarei o meu Senhor; espero, com a invocação de meu Senhor, não ser desventurado.
49. E quando os abandonou com tudo quanto adoravam, em vez de Deus, agraciamo-lo com Isaac e Jacó, e designamos ambos como profetas.
50. E os recompensamos com a Nossa misericórdia, e lhes garantimos honra e a língua veraz.
51. E menciona Moisés, no Livro, porque foi leal e foi um mensageiro e um profeta.
52. Chamamo-lo à escarpa direita do Monte e fizemos com que se aproximasse, para uma confidência.
53. E o agraciamos com a Nossa misericórdia, com seu irmão Aarão, outro profeta.
54. E menciona, no Livro, (a história real) de Ismael, porque foi leal às suas promessas e foi um mensageiro e profeta.
55. Encomendava aos seus a oração e a paga do zakat, e foi dos mais aceitáveis aos olhos de seu Senhor.
56. E menciona, no Livro, (a história de) Idris, porque foi (um homem) de verdade e, um profeta.
57. Que elevamos a um estado de graça.
58. Eis aqueles que Deus agraciou, dentre os profetas, da descendência de Adão, os que embarcamos com Noé, da descendência de Abraão e de Israel, que encaminhamos e preferimos sobre os outros, os quais, quando lhes são recitados os versículos do Clemente, prostram-se, contritos, em prantos.
59. Sucedeu-lhes, depois, uma descendência, que abandonou a oração e se entregou às concupiscências. Porém, logo terão o seu merecido castigo,
60. Salvo aqueles que se arrependerem, crerem e praticarem o bem; esses entrarão no Paraíso, e não serão injustiçados.
61. (Repousarão nos) Jardins do Éden, que o Clemente prometeu aos Seus servos por meio de revelação, incognoscivelmente, e Sua promessa é infalível.
62. Ali não escutarão futilidades, mas palavras de saudações, e receberão o seu sustento de manhã e à tarde.
63. Tal é o Paraíso, que deixaremos como herança a quem, dentre os Nossos servos, for devoto.
64. E (os anjos) dirão: Não nos locomovemos de um local para o outro sem a anuência de teu Senhor, a Quem pertencem o nosso passado, o nosso presente e nosso futuro, porque o teu Senhor jamais esquece.
65. É o Senhor dos céus e da terra, e de tudo quanto existe entre ambos. Adora-O, pois, e sê perseverante em Sua adoração! Conheces-Lhe algum parceiro?
66. Porém, o homem diz: Quê! Porventura, depois de morto serei ressuscitado?
67. Por que não recorda o homem que o criamos quando nada era?
68. Por teu Senhor, que os congregaremos com os demônios, e de pronto os faremos comparecer, de joelhos, à beira do inferno!
69. Depois arrancaremos, de cada grupo, aquele que tiver sido mais rebelde para com o Clemente.
70. Certamente, sabemos melhor do que ninguém quem são os merecedores de ser ali queimados.
71. E não haverá nenhum de vós que não tenha por ele, porque é um decreto irrevogável do teu Senhor.
72. Logo salvaremos os devotos e deixaremos ali, genuflexos, os iníquos.
73. Quando lhes são recitados os Nosso lúcidos versículos, os incrédulos dizem aos fiéis: Qual dos dois partidos, o nosso ou o vosso, ocupa melhor posição e está em melhores condições?
74. Quantas gerações, anteriores a eles aniquilamos! São eles mais opulentos e de melhor aspecto?
75. Dize-lhes: Quem quer que seja que estiver no erro, o Clemente o tolerará deliberadamente até que veja o que lhe foi prometido, quer seja o castigo terreno, quer seja o da Hora (do Juízo final); então, saberão quem estará em pior situação, e terá os prosélitos mais débeis.
76. E Deus aumentará os orientados na orientação. As boas ações, as perduráveis, são mais meritórias e mais apreciáveis aos olhos do teu Senhor.
77. Não reparaste naquele que negava os Nossos versículos e dizia: Ser-me-ão dados bens e filhos?
78. Está, porventura, de posse do incognoscível? Estabeleceu, acaso, um pacto com o Clemente?
79. Qual! Registramos tudo o quanto disser, e lhe adicionaremos mais e mais o castigo!
80. E a nós retornará tudo que disser, e comparecerá, solitário, ante Nós.
81. Adotam divindades, em vez de Deus, para lhes dar poder.
82. Qual! Tais divindades renegarão a adoração e serão os seus adversários!
83. Não reparas em que concedemos o predomínio dos demônios sobre os incrédulos para que os seduzissem profundamente?
84. Não lhes apresses, pios, seu castigo (ó Mohammad), porque computamos estritamente os seus dias.
85. Recorda-lhes o dia em que o congregaremos, em grupos, os devotos, ante o Clemente.
86. E arrastaremos os pecadores, sequiosos, para o inferno.
87. Não lograrão intercessão, senão aqueles que tiverem recebido a promessa do Clemente.
88. Afirmam: O Clemente teve um filho!
89. Sem dúvida que haveis proferido uma heresia.
90. Por isso, pouco faltou para que os céus se fundissem, a terra se fendesse e as montanhas, desmoronassem.
91. Isso, por terem atribuído um filho ao Clemente,
92. Quando é inadmissível que o Clemente houvesse tido um filho.
93. Sabei que tudo quanto existe nos céus e na terra comparecerá, como servo, ante o Clemente.
94. Ele já os destacou e os enumerou com exatidão.
95. Cada um deles comparecerá, solitário, ante Ele, no Dia da Ressurreição.
96. Quanto aos crentes que praticarem o bem, o Clemente lhes concederá afeto perene.
97. Só to facilitamos (o Alcorão), na tua língua para que, com ele, exortes os devotos e admoestes os impugnadores.
98. Quantas gerações anteriores a eles aniquilamos! Vês, acaso, algum deles ou ouves algum murmúrio deles?                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      
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